Precisamos falar sobre sobrinhos.
Os sobrinhos não são um perigo apenas porque acabam com a imagem de uma empresa, eles são perigosos porque eles podem destruir a empresa toda. Não é drama e eu posso explicar.
Muita gente não consegue compreender que marca é muito mais do que a representação visual dos ativos intangíveis, ou seja, as ideias, os valores, a missão, as crenças, por trás do negócio. Isso não é pouca coisa, mas não é tudo.
Então temos aqui um problema inicial.
A imagem da marca, falando em portugês claro, direto, o logotipo, muitas vezes é a primeira coisa que o cliente vai ver. E errar aqui já um baita de um problema. Mas sabe o que é pior? Se você não tiver um pensamento de negócios por trás disso, não fundamentar sua marca em valores consistentes, reconhecíveis, replicáveis como cultura na sua organização e percpetíveis pelo seu consumidor, não conseguirá fazer a marca se destacar em todo ponto da jornada do seu público.
Estragar o visual da empresa é um terror, mas se você acha que pode resolver o seu branding contratando um sobrinho pelo preço de um cachorro quente por dia, saiba que o problema é muito mais profundo.
A marca expressa a essência do seu negócio, e se você depender de um designer amador, sem capacidade crítica, sem repertório e pensamento estratégico, vai achar que seu problema se resolve na tela do Photoshop (ou pior, no clica e arrasta do Canva).
É por isso que vemos por aí diversos negócios com boas propostas, execelentes empreendedores, serviço de ponta, mas que sofrem para decolar. Se parecem com qualquer outro, numa primeira olhada parece quaquer outra embalagem da vitrine. Você merece mais.
Na prática…
No mundo real dos negócios promissores e memoráveis, a marca se expressa em todos os pontos de contato com cliente. A forma como você atende o telefone, tem a mesma importância que a sua papelaria, seu cartão de visita e seu timbrado, assim como o script que usa no whatsapp, dialoga com o posicionamento do site, o tom de voz em seus conteúdos de redes aparece também em toda comunicação realizada pela empresa.
As cores e a aparência da sua embalagem reforçam a experiência criada na fachada na loja, e se você é uma empresa de serviços, o processo de agendamento, o pós atendimento e os emails enviados aos clientes também são parte da sua marca. Lembre-se disso!
Será que você estava pensando assim, quando contratou um sobrinho para fazer uma marquinha? Quem quer ser grande deve jogar como gente grande, pensar como adulto e não aceitar nada menos que isso. O mercado não tolera amadores, precisamos nos provocar o tempo todo a sermos uma melhor versão de nós mesmos, certo? Assim será também com sua marca. Tem uma frase que a gente gosta muito por aqui e que pode inspirar alguém…
“Marca vai muito além do Branding”
Uma marca forte desperta emoções, gera identificação com o público e cria conexões. Tem mais a ver com o significado construído pelo consumidor e menos a ver com técnicas e estratégias. No final das contas é mais sobre pessoas, sobre desejos, sonhos e expectativas. Inteligência e processos de marketing são apenas um dos meios para se conquistar isso.
Dizemos isso no sentido de que a construção de marca é muito mais que um conjunto de técnicas de promoção, hacks ou decisões estéticas. Vai além daquilo que alguém colocou numa apresentação de Power Point, pois a percepção de marca e aquilo que fica para o consumidor são fruto de uma experiência completa que envolve múltiplos pontos de contato com negócio.
Essa experiência se torna inesquecível, rica, infalível, como resultado de uma relação que não se constói da noite para o dia. São os grandes e pequenos momentos, é a supresa, o valor entregue, o algo mais, o carinho, o ouvir o cliente, se comunicar de forma eficaz, trazer humanidade no lugar da frieza, inspirar em vez de convencer, é empatia. Marca não é só o que você diz, mas o significado que as pessoas elaboram sobre aquilo que você diz e aquilo que você faz.
Hoje e cada vez mais, é a magia, mas também a tecnologia, é a criativade, a intuição, mas também os dados. Não somos ingênuos, estamos falando de negócios. Mas quem disse que os negócios não podem despertar paixão? Quem disse que marcas não podem ser amadas?
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Convidamos uma especialista sobre o assunto para bater um papo sobre o assunto e o resultado foi uma conversa muito rica, com muito aprendizado, visões, dicas práticas e quebra de paradigmas sobre o que é branding e onde tem muita gente errando. Confere a gravação na íntegra e fica de olho nos próximos eventos!
Nesta live conversamos com a Gisele Baciano, publicitária, especialista em comunicação integrada com passagens pela MRM Brasil, Rocker Heads e Crane. Tendo atendido clientes como Mastercard, Santander, O Boticário, Bayer, Shell, hoje coordena o Marketing de um dos principais bancos digitais, no Brasil. O papo foi conduzido por Thiago Ribeiro, CEO da Captee, publicitário, especialista em Estratégia, Inovação e Negócios Digitais.
Vale conferir!